
As deputadas e os deputados do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo resistiram bravamente à aprovação do Projeto de lei 277/2022, em dois dias de batalha no plenário.
Durante seis horas, a bancada do PT obstruiu a votação, usando dispositivos regimentais para evitar o encerramento da discussão e da deliberação, questionando os encaminhamentos feitos pela presidência, pedindo verificação do quórum na tentativa de derrubar a sessão, ocupando a tribuna, denunciando os danos econômicos e sociais, os retrocessos e a ilegalidade da proposta que a legalização da grilagem e a concentração de terras no Estado de São Paulo.
Sabíamos que a luta seria árdua, desleal e injusta, mas, convictas e convictos, seguimos ao lado das trabalhadoras e dos trabalhadores rurais na construção histórica do protagonismo daqueles que produzem e abastecem nossa gente de força, sabedoria e resistência.
Nesta quarta-feira, 29/6, perdemos a votação do PL 277, mas não perdemos a batalha. Continuaremos na trilha da reforma agrária e das políticas públicas de apoio às trabalhadoras e aos trabalhadores do campo, aos produtores da agricultura familiar e às dinâmicas produtivas desenvolvidas pelo Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Até o último minuto, enfrentamos, resistimos e exaurimos todos os instrumentos de obstrução na tentativa de barrar o PL 277/2022, que explicita o butim da elite ruralista e a face exploradora dos latifundiários, sua gene escravagista, que encontra abrigo nas ações do governo do PSDB.
A aprovação do PL foi apenas a primeira etapa da jornada de luta. Seguiremos lutando nas esferas da Justiça.
Resistiremos!
Deputadas e deputados do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa de São Paulo
Márcia Lia
Líder da Bancada
Foto: Diógenes Rabello MST/SP
Não devemos deixar esses Grileiros com as terras que não lhes pertencem. Se precisam serem regularizadas é como dito que estão irregulares. Essas terras devem ir para a Reforma Agrária. Pertencem ao Povo, que dela irão produzir nosso Alimento.
Que tristeza. Quantos retrocessos. Sigamos firmes na luta por um país melhor.