
Dirigentes do Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci) foram ouvidos nesta quarta, 25/11, pela CPI das Quarteirizações. Essa organização social de saúde foi responsável pela gestão do hospital de campanha do Ibirapuera, que funcionou de maio a setembro para atender pacientes da covid-19.
Participaram da reunião Haruo Ishikawa, presidente do Seconci; Paulo Quintaes, superintendente hospitalar; Pietro Sidoti, superintendente jurídico, risco e compliance; e Andrea Nazuti, gerente jurídica.
O Seconci é uma entidade filantrópica criada em 1964 por empresários do setor da construção civil para oferecer assistência social, médica e odontológica aos trabalhadores. É financiada por meio de contribuições de 1% sobre a folha de pagamento das empresas. Em 1998, qualificou-se como Organização Social de Saúde (OSS) para prestar serviços para unidades de saúde pública do Estado.
Atualmente, a OSS mantém contratos com o Estado de São Paulo para a gestão de seis hospitais públicos: Hospital Geral de Itapecerica da Serra, Hospital Estadual Vila Alpina, Hospital Regional de Cotia, Hospital Estadual de Sapopemba, Hospital Local de Sapopemba e o Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Faz também a gestão de cinco Ambulatórios Médicos de Especialidades no Estado, além do Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (Sedi) II e do Centro Estadual de Armazenamento e Distribuição de Insumos de Saúde (Ceadis).
O deputado José Américo pediu aos dirigentes do Seconci informações sobre os contratos de quarteirizações feitos pela OSS com o objetivo de formar o quadro de profissionais que trabalharam no hospital de campanha.
O orçamento total do hospital de campanha foi R$ 61,37 milhões, incluído montagem e custeio. Foram gastos R$ 49,92 milhões, entre 1 de maio e 30 de setembro. O plantel de funcionários que atuou na unidade foi de 709 trabalhadores e 213 médicos.
Segundo Pietro Sidoti, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, técnicos, atendentes e outros foram contratados em regime temporário como celetistas. Já as equipes médicas foram contratadas por meio de quatro empresas, selecionadas a partir de cotação de propostas.
O hospital de campanha do Ibirapuera possuía 268 leitos, sendo 28 destes de estabilização. Durante o período em que esteve em operação, a unidade atendeu 3.158 pacientes. Destes, 3.134 obtiveram alta e 24 foram a óbito.
Assista no linque abaixo a íntegra do depoimento CPI das Quarteirizações
[…] CPI ouve dirigentes do Seconci sobre contratos com o Estado […]