A CPI das Quarteirizações ouviu nesta terça-feira, 24/11, o médico Lauro Henrique Fusco Marinho, ligado à Santa Casa de Misericórdia de Birigui. O depoimento foi prestado a partir de um centro de ressocialização, onde o médico cumpre prisão, desde que foi deflagrada a chamada Operação Raio X.

Pesa sobre Lauro Henrique a acusação de que suas empresas fabricaram notas frias para organizações sociais que mantêm contratos de prestação de serviços e de gestão de unidades de saúde com diversos municípios.

O deputado José Américo questionou as relações do médico com figuras-chaves que estão no centro das investigações da Operação Raio X, como o empresário Luciano Collichio Fernandes e Cleudson Garcia Montali, este apontado como mentor de esquema de desvio e recepção de repasses de verbas públicas em contratos de gestão por meio de superfaturamento e de fraudes em licitações.

O esquema utilizava as Santas Casa de Misericórdia de Birigui e Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu para firmar contratos de gestão com unidades de saúde de diversos municípios. Lauro, Cleudson e o empresário Luciano Collichio Fernades estão presos desde outubro com base na acusação de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, fraude em licitações e outros crimes.

Lauro disse que presta serviços médicos à Santa Casa de Birugui há 20 anos, mas negou ter participação nos esquemas de superfaturamento e de fraudes em licitações. Reconheceu, porém, ter relações de amizade e ter feito sociedade com Cleudson na aquisição de um avião e realizado negócios com Luciano Collichio numa transação comercial com vinhos importados.

Veja abaixo trecho do depoimento de Lauro Henrique Fusco Marinho à CPI das Quarteirizações: