DEPUTADO REIS LANÇA FRENTE EM DEFESA DA POLÍCIA CIVIL
DEPUTADO REIS LANÇA FRENTE EM DEFESA DA POLÍCIA CIVIL

Delegados, investigadores, escrivães e agentes administrativos participaram, nesta segunda-feira, 22/5, do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Polícia Civil, proposta e coordenada pelo deputado Reis. O ato de lançamento na Assembleia Legislativa de São Paulo reuniu várias entidades de trabalhadores da segurança pública, além de representantes da Defensoria Pública e de organizações da sociedade civil.

“É um marco na Assembleia Legislativa a constituição dessa frente parlamentar. Todos sabem o que vem acontecendo ao longo dos últimos anos com a Polícia Civil. Um processo de sucateamento, precarização e exploração dos trabalhadores. Temos uma situação de muitas dificuldades. Estamos criando uma ferramenta para expor as questões que, no dia a dia, prejudicam nossos policiais e impedem os resultados que deveriam ser entregues à nossa população. Lutar por uma polícia valorizada, de qualidade e estruturada é garantia de que não haverá impunidade e de que quem comete crime será punido. É importante que se juntem a nós os funcionários e trabalhadores da segurança pública e representantes da sociedade civil para cobrar que o governo do Estado cumpra o seu papel”, declarou Reis.

Deputado Reis, proponente da frente parlamentar

A frente parlamentar, segundo Reis, visa debater a situação de depreciação e sucateamento da Polícia Civil e dos policiais, que sofrem acúmulo de trabalho e dificuldades do exercício de suas funções. Os participantes do ato de lançamento frisaram que o PLC 75/2023, projeto do governo que trata da reajuste salarial das polícias, traz graves distorções salariais e aprofunda os desequilíbrios existentes atualmente.

Jaqueline Valadares, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo –  Sindpesp, avalia que a instituição está afundada em problemas e que as entidades de classe precisam fazer uso da voz nas oportunidades abertas pelo parlamento. “Essa oportunidade da frente parlamentar permite que nossa voz reverbere junto ao governo, para que a gente consiga a reestruturação e a mudança de paradigma da nossa polícia. É preciso haver união de esforços para recuperar as condições de trabalho e a valorização profissional”, afirmou.

A delegada afirmou que o projeto de reajuste salarial proposto pelo governo Tarcísio não reconhece o valor da Polícia Civil como deveria. “Temos a esperança de que a união das entidades de classe com esta frente parlamentar venha a proporcionar, no futuro, melhorias para os policiais,  influenciando a visão de nossos governantes. Não se faz segurança pública sem investigação e não se faz investigação sem um Polícia Civil eficiente e valorizada.”

Toledo, do Sindicato dos Policiais Civis – SInpol, disse que todo mundo sabe que a polícia está doente e sucateada. “O que é preciso responder é a quem isso interessa? Só vamos ter resposta a isso debatendo e discutindo aqui na Alesp. Precisamos saber qual é a ferida e qual o melhor tratamento para ela.”

Em nome dos escrivães de polícia, Renato Del Moura, afirmou que é deprimente a situação das delegacias de São Paulo, nas quais um escrivão tem que cuidar de 800 a mil inquéritos. “É impossível”, declarou.  Ele destaca ainda que o nível superior na categoria não foi valorizado. “Por que isso? Por que esse descaso com os escrivães, que são o esteio do cartórios policiais, que carregam as investigações de cabo a rabo, até a finalização do inquérito? Temos de mudar essa política escravagista.”

O investigador de polícia Fernando Marieto apontou a diminuição do efetivo da categoria nos últimos anos. Segundo ele, havia nas delegacias de polícia de 5 a 6 equipes, com três investigadores. “Hoje, temos um chefe e dois investigadores, quando existem dois. É muito degradante e desanimador o que estamos passando.”

Fabio Jabá, presidente do sindicato dos funcionários do sistema prisional do Estado de São Paulpo, lembrou que os policiais penais ficaram de fora do reajuste tratado no PLC 75/2023, mas comemorou a abertura de canais de diálogo com o secretário da Casa Civil. “Avançamos na negociação depois que aumentamos o tom. Estamos tratando, agora, da regulamentação da polícia penal e do reajuste salarial.”

Jabá também anunciou a criação de um frente em defesa da polícia penal. “Desejo que possamos fazer políticas sérias para a segurança pública. Trabalhamos em um lugar estratégico. Perdemos vários profissionais assassinados. Todos os dias, estamos arriscando nossas vidas.”

O delegado Leandro Marcon elogiou a iniciativa da criação da frente parlamentar em defesa da Polícia Civil e disse que levará todas as demandas apresentadas no encontro ao Delegado-Geral de Polícia do Estado.

1 Comment

  1. Daniel Sales
    23/05/2023 at 19:32

    Deputado Reis tem um olhar sensível às necessidades dos trabalhadores da segurança pública.
    Parabéns deputado Reis.

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