SERVIDORES DESVALORIZADOS

Aos 45 minutos do segundo tempo, a uma semana do afastamento para se lançar à corrida eleitoral, o ex- governador Geraldo Alckmin enviou para a Assembleia Legislativa o PLC 11, um Projeto de Lei Complementar para atenuar a perda salarial de algumas categorias que desde 2013 estavam sem reajuste como a dos dentistas e dos assistentes sociais. No entanto, o PLC não chega ao mínimo do que merecem os servidores estaduais com salários baixíssimos. É uma tentativa do ex-governador de parecer que faz bonito, às pressas, sem resolver de fato a questão dos salários defasado.
Para corrigir esta situação, o PT apresentou três emendas ao PLC 11 para recomposição do poder de compra dos trabalhadores e real valorização de seus serviços. Acontece que o governo Marcio França, vice de Alckmin, segue a mesma linha do PSDB e rejeitou as propostas.
Ao todo, são 7160 servidores, entre ativos, inativos e pensionistas, atingidos pelo descaso do ex- governador, com perda salarial chegando à casa dos 30%, em média. São profissionais do Estado nas áreas de engenharia, arquitetura, agropecuária, odontologia e desenvolvimento social.
Pouco antes da votação do PLC, a líder da bancada, deputada Beth Sahão, apelou à base governista. Mostrou que o reajuste teria baixo impacto no orçamento do Estado, mas poderia trazer melhoras significativas à vida dos servidores.
A deputada se deparou com negativas por parte dos governistas, que seguiram a cartilha do governador e o reajuste proposto pelo PT não foi acatado.