
O ato contra o assédio sexual foi organizado pelas deputadas procuradoras especiais da mulher na Assembleia Legislativa de São Paulo, logo no segundo dia de abertura dos trabalhos legislativos de 2021, como um desagravo à deputada Isa Penna (PSOL) e uma manifestação de combate intransigente à impunidade nos crimes de violência contra as mulheres.
São procuradoras especiais da mulher na Assembleia Legislivas, as deputadas petistas Professora Bebel e Márcia Lia, Erica Malunguinho, do PSOL, e Marina Helou, da Rede. Na coordenação do ato, Bebel anunciou que a Procuradoria da Mulher encaminhará, nesta quarta-feira, 3/2, representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contra o deputado deputado Fernando Cury, do Cidadania, que, em 16/12, durante o transcorrer da sessão plenária da Assembleia Legislativa de São Paulo, transmitida ao vivo pela Rede Alesp, assediou pública e sexualmente a deputada Isa Penna.
“No caso de assédio sexual ocorrido no plenário da Assembleia Legislativa, a legislação é clara e o agressor deveria estar preso”, afirmou a representante do Vote Nelas.
Ataques
Logo no início do ato, uma invasão criminosa, com ataques pornográficos e com violência política de gênero, tentou desestabilizar o encontro que acontecia em ambiente virtual, mas as mulheres resistiram. Juliana Cardoso, vereadora petista na Câmara Municial de São Paulo, avisou: “somos de luta, não vamos nos intimidar”.
As deputadas garantiram a continuidade do ato que contou com a presença de feministas, militantes dos direitos humanos, estudantes e sindicalistas, que destacaram a necessidade da união para o enfrentamento do machismo e de toda e qualquer violência política de gênero.
Márcia Lia destacou o trabalho que as deputadas já iniciaram no sentido de reorganização do Serviço de Combate à Violência Contra a Mulher, conhecido como SOS Mulher, para dentro da Assembleia Legislativa combater e denunciar os casos de agressão de gênero em todo o Estado.
Assista ao ato Não ao assédio sexual!
https://www.youtube.com/watch?v=9TNgqZtpAwA