Vetos sinalizam como será a relação de Tarcísio com a Alesp
Vetos sinalizam como será a relação de Tarcísio com a Alesp

Em pouco mais de um mês no governo, Tarcísio de Freitas vetou, total ou parcialmente, cerca de 30 projetos de lei de autoria parlamentar, aprovados no final de 2022, pela Assembleia Legislativa de São Paulo. Com isso, o governador dá sinais de como será a sua relação com o Poder Legislativo.

Neste sábado, 18/2, o Diário Oficial do Estado publicou o veto total ao PL 726/2021, apresentado pelo deputado Paulo Fiorilo (PT), mas que ganhou apoio de outros parlamentares e partidos, para proibir o uso de intervenções hostis nos espaços livres de uso público urbano no Estado. A proposta ficou conhecida como Lei padre Júlio Lancelotti. Também foram totalmente vetados o PL 527/2021, de autoria da líder do PT, Márcia Lia, que propõe normas gerais para a realização de concursos públicos pela administração pública direta e indireta; e o PL 411/2021, de autoria  do deputado Maurici (PT) e da deputada Leci Brandão (PCdoB), com a proposta de criação de uma Política Estadual – TI Verde.

Para a deputada Márcia Lia, o que causa mais indignação é a publicação de vetos em meio ao feriado prolongado, numa dissimulada tentativa de ocultar atos que tolhem iniciativas que visam melhorar a vida da população paulista e reafirmar parâmetros de tolerância e respeito entre posições diferentes.

Vale ressaltar que a negativa de sanção dessas propostas  denota o quanto o governo está apartado das demandas sociais  e o quanto está desconectado da via democrática que atribui ao Poder Legislativo o papel de oferecer embasamento para políticas públicas estruturais, como o projeto que estabelece normas gerais para concursos públicos na administração pública direta e indireta no âmbito do Estado, que vem atender a premente necessidade de mais servidores em áreas sensíveis como saúde, educação, pesquisas, segurança pública, cuja ausência afeta diretamente a vida dos cidadãos.

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